Molho Negro

Eles se juntaram em uma pegada de rock com um toque regional diferente e formaram a Molho Negro

17/07/2013 08:58 / Por: Bruna Valle/ Fotos: Divulgação/ Arquivo Pessoal /Taiana / Adriana Oliveira
Molho Negro

Com suas letras super sinceras, a banda “Molho Negro” consegue sintetizar solos de guitarra e situações do cotidiano em rocks empolgantes. Segundo João Lemos, vocalista e guitarrista da banda, os versos de “Ela prefere ouvir o DJ”, definem bem estilo deles que, segundo o site oficial, também é “um tempero pulsante e rasgante para o rock paraense”.

Depois de um CD lançado, - que você pode escutar e baixar gratuitamente aqui - eles já começam a planejar um novo trabalho, mas antes disso pretendem sair em turnê para divulgar o CD atual, o também homônimo "Molho Negro". Mesmo com uma trajetória curta, de pouco mais de um ano, o trio formado por João Lemos na guitarra, Raony Pinheiro no baixo e Augusto oliveira na bateria já é cheio de atitude e despretensiosamente acumula mais de mil seguidores na página da banda no facebook. O site da Revista Leal Moreira conversou com João Lemos para desvendar o universo da música autoral paraense e como a Molho Negro se movimenta nele. Confira:

Revista Leal Moreira - Como surgiu a ideia de formar a banda e por que "molho negro"?


João Lemos - A gente já se conhecia faz tempo; eu toco com o Augusto há uns 8 anos, pelo menos. Já tivemos outras bandas juntos e tudo mais. O Molho Negro surgiu porque eu queria montar uma banda mais simples de administrar. Chamei o Augusto e ele topou - a gente precisava só de um baixista. Foi aí que apareceu o Raony, que apesar de ser meu amigo de infância, nunca tínhamos tocados juntos. Em relação ao nome, nem nós sabemos bem (risos). O Eric Alvarenga (da banda Aeroplano) que chegou com esse nome pra mim, eu disse que estava montando uma banda e pedi pra ele dar um nome, e daí ele falou "põe Molho Negro", na hora eu soube que ia causar esse estranhamento, mas acabei me apegando a ele...



Revista Leal Moreira - O processo de composição das músicas funciona como?


João Lemos - Geralmente é algo que parte de mim. Surge alguma ideia e eu organizo mais ou menos um esboço do que será a música, mas é tocando junto que as coisas tomam forma de verdade.

Revista Leal Moreira -  Vocês tem um tema preferido, que está sempre presente nas canções?


João Lemos- Algo que a gente vê na rua, algo que acontece com um amigo, ou acontece com você mesmo; alguma coisa da qual você tem inveja ou raiva, acho curioso que as pessoas acabam rindo de algumas coisas, nem sei se é porque são situações engraçadas. Acho que é porque nesses casos, só resta rir mesmo.



Revista Leal Moreira - Como é ser uma banda autoral em Belém? Quais as maiores dificuldades e as facilidades?


João Lemos- É uma dessas coisas que eu disse ai em cima, que só resta rir... brincadeira, é legal, tem muitas outras bandas legais pra tocar junto, como "Turbo", "Delinquentes" e "Strobo". Quando se é naturalmente da "selva", então mundialmente as pessoas podem despertar uma curiosidade. O ruim é a distancia, que deixa tudo mais caro, a carência de espaços é grande também.


Revista Leal Moreira -  Já lançaram algum CD, estão trabalhando em um?


João Lemos- A gente lançou um CD chamado "Molho Negro", em 2012, que foi gravado metade em Goiânia, sob a produção do Gustavo Vazquez (ja produziu Macaco bong, Black Drawing Chalks, Mqn e etc.) e a outra metade foi feita em Natal, no estudio DoSol, e produzido pelo Anderson Foca (Camarones Orquestra Guitarristica) e pelo Henrique Geladeira (Calistoga, Talma e Gadelha), o disco tem 9 faixas, rendeu 2 clipes, e pode ser baixado de graça no www.molhonegro.com


Revista Leal Moreira -  Como vocês definem o gênero da banda?


João Lemos- É uma banda de rock, guitarras, baixo e bateria bem altos, e umas letras sobre coisas sérias que o pessoal acaba achando que a gente tá de brincadeira (risos).


Revista Leal Moreira -  As inspirações vêm de onde?


João Lemos- Da cidade, das situações que a gente viu ou viveu, das bandas que a gente gosta, e dos amigos que a gente tem, tudo isso acaba virando combustível.


Revista Leal Moreira -  Belém tem influência no trabalho de vocês? Como ela se revela?


João Lemos- Tem e muita. A gente mora aqui, então acaba falando do nosso bairro, fala das aparelhagens, fala dos tipos que encontramos na rua - é algo normal. Se eu falar de fumaça e asfalto, em vez de falar de tapioca e farinha d'água, eu vou estar falando de Belém da mesma forma, da Belém que eu vivo.


Revista Leal Moreira -  Ser jovem é um fator que facilita ou dificulta? Principalmente em relação à credibilidade.


João Lemos- A gente está no meio do caminho, somos novos, mas não tão moleques mais. Acho que a maior dificuldade de ser jovem é o próprio jovem, a gente costuma errar muito mais, o que é ótimo, porque é a melhor hora pra errar.


Revista Leal Moreira -  Quais são os projetos novos, o que vocês estão planejando para o futuro?


João Lemos- Em 2013 o Molho Negro vai circular pelo país divulgando o primeiro disco. Em 2014 começaremos já o processo de preparo do segundo disco, que tem tudo pra ficar bem legal.

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