O sintoma mais conhecido de um infarto é aquela dor forte e súbita no peito, que pode irradiar para o braço esquerdo e acende um alerta imediato. Porém, isso nem sempre acontece, principalmente no caso das mulheres.
Muitas mulheres têm sinais mais discretos, que podem facilmente ser confundidos com outros problemas. Entre eles estão: enjoo, falta de ar, cansaço fora do normal, desconforto no peito e palpitações ou arritmia.
Em 2018, foi publicado um estudo na revista Circulation, da American Heart Association, onde mostra que 62% das mulheres apresentaram três ou mais sintomas de infarto, mesmo quando não sentiam dor no peito. No caso dos homens, esse número foi menor, foi de 55%.
Como os sintomas se diferenciam entre homens e mulheres?
Em geral, os homens costumam ter os sintomas considerados “clássicos”, eles aparecem de repente, são mais intensos e chamam mais atenção, o que faz com que a pessoa procure ajuda rapidamente. Sintomas mais comuns em homens são: dor forte no peito, em forma de aperto ou pressão, dor irradiando para o braço esquerdo, costas, mandíbula ou ombro, e falta de ar, suor frio, náuseas ou vômitos.
Entre as mulheres, o quadro costuma ser mais sutil. Por isso, é comum que o infarto seja confundido com ansiedade, problemas digestivos ou até mesmo enxaqueca. A cardiologista Cristina Milagre alerta que isso é perigoso, pois minimizar esses sintomas pode atrasar o diagnóstico e cada minuto importa.
Os sintomas frequentes em mulheres incluem dor ou desconforto abdominal que pode parecer “má digestão”, cansaço extremo sem causa aparente, falta de ar mesmo em repouso, enjoos e vômitos, palpitações, tontura ou desmaio, além de dor nas costas, no pescoço ou na mandíbula.
Por que os sintomas são diferentes?
Existem vários motivos para isso, entre eles:
1. Anatomia e tamanho
O coração das mulheres é menor e as artérias coronárias são mais finas. Assim, a obstrução pode ser parcial e gerar sintomas menos óbvios, dificultando o diagnóstico.
2. Hormônios
Os estrogênios ajudam a proteger o coração durante a fase reprodutiva. Após a menopausa, essa proteção diminui, e o risco de infarto aumenta.
3. Microangiopatia
As mulheres têm mais chances de desenvolver microangiopatia coronariana, uma obstrução nos pequenos vasos. Isso provoca sintomas diferentes e muitas vezes difíceis de detectar nos exames comuns.
Consequências do diagnóstico tardio
Como os sintomas nas mulheres podem ser confundidos com outras condições, muitas acabam demorando para buscar ajuda. Essa demora aumenta o risco de complicações. Segundo especialistas, esse é um dos motivos pelos quais mais mulheres morrem de doenças cardíacas do que de câncer de mama. Além disso, o estresse e a sobrecarga do dia a dia fazem com que muitas simplesmente ignorem os sinais que o corpo dá.
Como se prevenir?
Independentemente do gênero, algumas atitudes ajudam muito a proteger o coração, como praticar exercícios regularmente, manter uma alimentação equilibrada rica em fibras, frutas e vegetais, controlar o estresse por meio de técnicas como meditação, ioga ou hobbies relaxantes e realizar exames de rotina, incluindo avaliação de colesterol, glicemia e pressão arterial.
Quando procurar ajuda?
Qualquer sintoma estranho ou persistente não deve ser ignorado. Mesmo que exames anteriores estejam normais, sinais leves podem indicar um problema que precisa ser tratado rapidamente. Se houver suspeita de infarto, é essencial acionar o serviço de emergência imediatamente e informar que há suspeita de um problema cardíaco. Quanto mais cedo o atendimento, maiores as chances de sobrevivência e recuperação.

Comentários
Neal Adams
July 21, 2022 at 8:24 pmGeeza show off show off pick your nose and blow off the BBC lavatory a blinding shot cack spend a penny bugger all mate brolly.
ReplyJim Séchen
July 21, 2022 at 10:44 pmThe little rotter my good sir faff about Charles bamboozled I such a fibber tomfoolery at public school.
ReplyJustin Case
July 21, 2022 at 17:44 pmThe little rotter my good sir faff about Charles bamboozled I such a fibber tomfoolery at public school.
Reply