O Pix passou a contar com um novo sistema para combater fraudes e golpes e viabilizar a devolução de dinheiro a partir deste domingo (23). De acordo com o Banco Central, o MED 2.0 (Mecanismo Especial de Devolução) entra em operação de forma facultativa e se tornará obrigatório em fevereiro de 2026. A atualização permitirá rastrear o percurso dos recursos por várias contas e compartilhar essas informações entre as instituições financeiras envolvidas. Isso possibilitará bloquear valores em contas de diferentes destinos e realizar devoluções em até 11 dias após a contestação.
Atualmente, quando o cliente notifica uma fraude pelo aplicativo do banco, o bloqueio ocorre apenas na primeira conta que recebe o valor. O problema é que os criminosos costumam retirar rapidamente o dinheiro dessa conta e transferi-lo para outras. Assim, quando o cliente registra a reclamação, é comum que já não haja saldo para permitir a devolução. Com a nova funcionalidade, o rastreamento passará a ser feito em diversas contas.
“Agora, o fraudador não vai ter muito para onde mandar o dinheiro. A gente vai conseguir rastrear isso de maneira muito melhor”, afirmou o diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do BC, Renato Dias de Brito Gomes, durante uma live.
O MED é um mecanismo de segurança criado para permitir a devolução de valores a vítimas de fraudes, golpes ou coerção. Implantado em 2021, ele será ampliado na versão 2.0.
Bloqueio e devolução
Desde 1º de outubro, a contestação de transações fraudulentas passou a ser feita diretamente no aplicativo dos bancos. O chamado botão de contestação pode ser acionado sem necessidade de atendimento humano. Após a análise, que deve ocorrer em até 7 dias, o dinheiro pode ser devolvido em até 11 dias.
Para aumentar as chances de bloqueio e devolução, o cliente deve acionar o banco imediatamente após identificar fraude, golpe ou duplicidade na transação.
Como funciona
Quando o cliente é vítima de fraude ou golpe, ele pode acionar o botão de contestação no aplicativo do banco para comunicar a transação suspeita.
A informação é enviada ao banco do golpista, que deverá bloquear os recursos da conta.
Após o bloqueio, os dois bancos têm até sete dias para analisar a contestação.
Caso concordem que houve golpe, a devolução é feita diretamente para a conta da vítima.
O prazo para essa devolução é de até 11 dias.
O botão não vale para casos de desacordo comercial, arrependimento ou erro no envio do Pix (como digitar a chave incorretamente).
Segundo o Banco Central, documentos só poderão ser solicitados após a abertura do MED. Também será possível anexar boletim de ocorrência, capturas de tela e outras provas para apoiar a análise.
Devolução
O Pix já ultrapassa R$ 1,5 bilhão devolvidos em casos de fraude, golpes, erros ou coerção nos últimos quatro anos.
Segundo o Banco Central, apenas nos primeiros sete meses deste ano foram devolvidos R$ 377,4 milhões, sem considerar devoluções parciais. No ano passado, o total devolvido foi de R$ 561,5 milhões.
Valores devolvidos por ano
2021 (novembro e dezembro): R$ 3.898.646,65
2022: R$ 191.164.322,82
2023: R$ 389.139.322,39
2024: R$ 561.513.623,72
2025 (até julho): R$ 377.427.374,88
Outras medidas
1º de outubro – Botão de contestação: a contestação do Pix em casos de golpes ou fraudes passou a ser feita diretamente pelo aplicativo dos bancos, de forma totalmente digital.
4 de outubro – o Banco Central passou a bloquear chaves Pix identificadas pelos bancos como utilizadas em golpes e fraudes.
13 de outubro – o Pix Automático tornou-se obrigatório em operações de débito interbancárias para empresas ou entidades não autorizadas a operar pelo BC. O pagador deverá autorizar o débito no aplicativo da instituição onde mantém a conta debitada. Isso evita cobranças sem autorização e aumenta a segurança do sistema.
A partir de 23 de novembro – o mecanismo passará a rastrear o caminho dos recursos e compartilhar informações entre as instituições financeiras envolvidas, permitindo bloquear valores em contas intermediárias e devolver recursos em até 11 dias após a contestação.
Calendário de novidades do Pix
Pix Parcelado
Nova funcionalidade que será lançada para usuários e lojistas. A regulamentação, prevista desde setembro, foi adiada. Será possível contratar crédito para parcelar uma transação Pix. O recebedor recebe o valor integral imediatamente, enquanto o pagador poderá parcelar o pagamento. O Pix Parcelado poderá ser usado em qualquer tipo de transação Pix, inclusive transferências.
Pix em garantia
Ainda em desenvolvimento, com previsão de lançamento apenas em 2026. Permitirá que recebíveis futuros de Pix sejam usados como garantia em operações de crédito. A medida é voltada para estabelecimentos comerciais e empresas, sem alterar a forma de uso do Pix por pessoas físicas. O objetivo é reduzir o custo do crédito para empresas que utilizam intensivamente o Pix.
Medidas já em vigor
Boleto com QR Code
Disponível desde fevereiro de 2025. Contas e cobranças podem ser pagas via Pix por meio de um QR Code inserido diretamente no boleto.
Pix por aproximação
Disponível desde 28 de fevereiro. O cliente aproxima o celular da maquininha para realizar o pagamento via Pix, utilizando tecnologia NFC (Near Field Communication), assim como nos cartões. A transação pode ser feita por uma carteira digital ou pelo aplicativo da instituição financeira do cliente.
Pix Automático
Em funcionamento desde 16 de junho de 2025. Funciona de forma similar ao débito automático. Pode ser usado para pagar contas de água, luz, telefone, condomínio, escola, plano de saúde e outros serviços. Basta dar autorização prévia, e os débitos serão feitos automaticamente.
Sistema de devolução
O autoatendimento do Mecanismo Especial de Devolução (MED) começou em 1º de outubro. Voltado apenas para fraudes, golpes e crimes, permite contestar transações Pix diretamente pelo aplicativo dos bancos. Não se aplica a desacordos comerciais, casos envolvendo terceiros de boa-fé ou envio incorreto de Pix por erro do usuário (como digitação errada da chave).
Agenda futura do Pix
A agenda futura do Pix inclui a criação de uma ferramenta para consultar transações no SPI, além de uma Plataforma Centralizada que reunirá cobrança, contratos inteligentes e duplicata no Pix. O sistema também avançará para o Pix Internacional, facilitará integrações por meio de uma API de Pagamentos e trará novas formas de iniciação, como NFC, Bluetooth, RFID e reconhecimento facial. Além disso, serão definidas regras para o split de pagamentos, permitindo a divisão automática de valores entre diferentes destinatários.

Comentários
Neal Adams
July 21, 2022 at 8:24 pmGeeza show off show off pick your nose and blow off the BBC lavatory a blinding shot cack spend a penny bugger all mate brolly.
ReplyJim Séchen
July 21, 2022 at 10:44 pmThe little rotter my good sir faff about Charles bamboozled I such a fibber tomfoolery at public school.
ReplyJustin Case
July 21, 2022 at 17:44 pmThe little rotter my good sir faff about Charles bamboozled I such a fibber tomfoolery at public school.
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