Acompanhamos a diversidade do mundo contemporâneo e cosmopolita. Por isso, criamos um espaço de divulgação para além do mercado imobiliário. Um ambiente digital para explorar temas ligados à arquitetura, arte, cultura, gastronomia, design e estilo de vida, viagens, entrevistas exclusivas, agenda, dicas, empreendedorismo, sustentabilidade e tecnologia.

Seja bem vindo ao Portal e Revista LiV!

Entre em Contato

Endereço

Ed. Metropolitan Tower - R. dos Mundurucus, 3100 - Cremação, Belém - PA

Telefone

+55 (91) 4005-6800
Carregando clima...
Carregando bolsa...
Ouvir Matéria
Aumento no consumo de alimentos ultraprocessados gera alerta internacional

A revista científica The Lancet publicou, na última semana, uma série especial que revela como o consumo de alimentos ultraprocessados deixou de ser um tema restrito à nutrição e se tornou uma ameaça urgente à saúde pública. O alerta reúne 43 pesquisadores de vários países, incluindo Brasil, que revisaram mais de dez anos de evidências.

Segundo os autores, produtos como biscoitos recheados, refrigerantes, macarrão instantâneo, nuggets e sorvetes estão ocupando rapidamente o lugar de alimentos frescos em diversas partes do mundo. Em países como Brasil, México, China e Espanha, o consumo cresce de forma acelerada, enquanto nos EUA e no Reino Unido já responde por cerca de metade da dieta diária.

As consequências são amplas: a maior parte dos estudos analisados relaciona o consumo frequente desses produtos a obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, depressão e maior risco de morte precoce. Embora ainda faltem ensaios clínicos mais robustos, os especialistas afirmam que já há evidências suficientes para justificar ações imediatas.

A série propõe um conjunto de políticas públicas para reduzir a influência dos ultraprocessados. Entre as medidas sugeridas estão: rótulos frontais destacando aditivos típicos desse tipo de produto; restrições mais rígidas à publicidade, especialmente para crianças; proibição de venda em escolas e hospitais; limitação do espaço desses itens nos supermercados; e uso de impostos sobre ultraprocessados para baratear alimentos frescos.

Os artigos também apontam o papel central das grandes corporações na expansão desse mercado, sustentado por ingredientes baratos, marketing agressivo e forte atuação política. O setor movimenta quase US$ 2 trilhões por ano e concentra grande parte dos lucros da indústria de alimentos.

Diante disso, os pesquisadores defendem uma resposta global coordenada, que inclua proteger políticas públicas contra influência empresarial, romper parcerias entre empresas de ultraprocessados e instituições de saúde e fortalecer sistemas alimentares que valorizem alimentos frescos, produção local e interesses sociais — e não apenas o lucro.