
A 3.400 metros de altitude, a cidade de San Francisco de Alfarcito, na Argentina, proporciona uma experiência única aos visitantes. Quase exclusiva, o pequeno município de 80 habitantes recebe apenas 22 turistas por vez, preservando tradições centenárias.
A pequena comunidade dispõe de apenas 22 camas, distribuídas em três hospedagens. Entre elas, a acolhedora Pousada Comunitária La Hornada. As duas casas restantes são ocupadas por famílias locais, que, assim como o restante da aldeia, reconhecem no turismo uma oportunidade de sustento, desde que seus frutos sejam compartilhados de forma justa. Dois refeitórios se revezam no atendimento aos visitantes: enquanto um funciona em determinado dia, o outro abre no seguinte, garantindo equilíbrio na atividade.
Todas as decisões são tomadas em assembleias comunitárias, reforçando a organização coletiva e o compromisso com a preservação dos modos de vida tradicionais. A liberdade e o ritmo ancestral ditam o cotidiano, mantendo viva a essência local.
A geografia ao redor é marcada por morros como Maravilloso, Tres Pintores e El Negro, que emolduram o majestoso Cerro Alfar, com impressionantes 4.300 metros de altitude. A cerca de meia hora dali, a Lagoa Guayatayoc, seca durante a maior parte do ano, ganha vida no verão, quando suas águas rasas com até quatro metros de profundidade atraem flamingos cor-de-rosa.
Chegar até Alfarcito é em si uma jornada inesquecível. Saindo da capital da província, o trajeto segue pela Rota 9 até a Rota 52, revelando as paisagens policromáticas da Puna, com destaque para o emblemático Cerro de las Siete Colores, em Purmamarca. A subida pela desafiadora Cuesta del Lipán, cruzando nuvens e atingindo altitudes de até 4.200 metros, testa a habilidade e a coragem de qualquer motorista.
A mercearia do vilarejo oferece apenas o essencial: doces, salgadinhos, refrigerantes e a cerveja Norte, além de curiosas relíquias, como cédulas eleitorais de pleitos passados. Famílias adaptam suas casas para receber visitantes como se fossem de casa, servindo pratos quentes e autênticos como sopas fartas, ensopados, costeletas de lhama, finalizados com sobremesas como flan ou frutas com doce de leite. Nos refeitórios Tres Hermanos e El Churcalito, o cantor Quipildor, por vezes, entoa versos melancólicos, trazendo à mesa a musicalidade suave e nostálgica da região de Puno.
O turismo na vila teve início há 25 anos, fruto de um projeto financiado pela Xunta de Galicia. Materiais vindos da Europa se somaram ao trabalho da comunidade local para erguer as primeiras estruturas. Desde então, a vila segue recebendo visitantes de forma consciente, por meio de decisões coletivas e em harmonia com os ritmos naturais e as tradições centenárias que moldam sua identidade.
Comentários
Neal Adams
July 21, 2022 at 8:24 pmGeeza show off show off pick your nose and blow off the BBC lavatory a blinding shot cack spend a penny bugger all mate brolly.
ReplyJim Séchen
July 21, 2022 at 10:44 pmThe little rotter my good sir faff about Charles bamboozled I such a fibber tomfoolery at public school.
ReplyJustin Case
July 21, 2022 at 17:44 pmThe little rotter my good sir faff about Charles bamboozled I such a fibber tomfoolery at public school.
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