Crítica: 1989 (Taylor’s Version)

Confira a crítica sobre a revisitação do disco de 2014 de Taylor Swift

27/10/2023 22:51 / Por: Laylton Corpes / Fotos: Divulgação
Crítica: 1989 (Taylor’s Version)

Em 2014, um dos acontecimentos culturais mais interessantes acontecia: Taylor Swift, cantora country, anunciava sua transição completa para o pop, após alguns flertes com o gênero. Estrondoso, o disco entitulado 1989 (ano de nascimento da cantora) entrou para a história como um dos mais premiados e bem sucedidos no pop, e não é por pouco: Shake It Off, Blank Space e Style foram só algumas das faixas que levaram Swift ao estrelato. 


Quase dez anos depois, 1989 está de volta, repaginado e agora alcunhado como Taylor’s Version - a versão dela. O movimento é incomum, afinal, artistas simplesmente não costumam regravar seus trabalhos anteriores. A verdade é que Taylor reimagina sua discografia após um longo processo na qual a artista perdeu os direitos ao próprio trabalho. Sem acordo, a solução foi regravar seus discos, o que já rendeu novas versões de Fearless (2008), Red (2012) e Speak Now (2010).


Se o 1989 original era marcado pela produção coesa de Jack Antonoff, Max Martin, Ryan Tedder e outros, 1989 (Taylor’s Version) soa como uma afirmação, um sim de que esta é a versão definitiva do disco. Entonações que antes como dúvida, agora são uma certeza.


A presença de Max Martin na produção do original era uma das veias mais fortes: só nele constam a produção de Blank Space, Style, Shake It Off, New Romantics e outras. Na regravação, o produtor Christopher Rowe entra como substituto, potencializando batidas, sintetizadores e pondo a voz de Swift numa harmonia que funciona em pelo menos quase todas as faixas produzidas por ele.


Capa de 1989 (Taylor's Version) [Reprodução/Republic Records]

Um álbum tematizado e com forte inspiração nos anos 80, as cadências e ritmos presentes em 1989 (Taylor’s Version) são mais positivas que na versão original. Exemplo disso é I Know Places, com uma linha de baixo marcando presença nos acordes. Mas o destaque vale mesmo é para as baladas, ponto forte de Taylor por aqui. This Love e Clean ganham versões muito mais harmonizadas e que enchem os ouvidos, sendo elas mais um acerto na nova produção. 


Um fato interessante é que as regravações incluem faixas bônus, que não estavam presentes no disco original. Intitulados “From The Vault” - vindos do baú - esses extras aguçam a curiosidade de quem ouve a obra. Aqui, vale muito a pena conferir a provocativa “Slut!”, em que Taylor rebate as críticas sobre seus relacionamentos em uma perspectiva sensual e principalmente, Say Don’t Go, uma colaboração ilustre com a lendária compositora Diane Warren. 


Em suma, 1989 (Taylor’s Version) é uma excelente revisitação a um dos mais saudosos discos pop, e para quem não conhecia, irá se surpreender com a perspicácia de uma aposta única, mas que pavimentou caminhos no pop. 


O disco já está disponível em todas as plataformas de áudio. Ouça:


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