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Ceia de Natal: o que seus pets podem (ou não) comer durante as celebrações de fim de ano

Mesa cheia, família reunida, comidas e cheiros diferentes… o Natal está chegando! E quem tem pet sabe que a curiosidade faz parte da essência dos bichinhos, por isso, neste período de festas de fim de ano, é normal que a ceia seja uma tentação para cães e gatos. Mas, para evitar problemas, é importante saber quais alimentos estão liberados para fazer parte da comemoração dos bichinhos.

Pensando nisso, o Portal LiV conversou com a médica veterinária Patrícia Areas, especialista em nutrologia e dermatologia veterinária, para entender os riscos de certos alimentos para os pets e dar dicas de petiscos e comidas que eles podem comer sem preocupações para os tutores.


“Primeiro, é importante falar sobre o alho e a cebola, que estão em praticamente todos os nossos pratos. Os felinos, e algumas raças específicas de cães, são mais sensíveis à cebola (a gente vê mais intoxicação de cebola do que alho), mas há trabalhos científicos que mostram os problemas gastrointestinais, causando úlceras, quando o alho e a cebola tocam na parede do estômago deles. Ou seja, é algo muito sério. O animal pode ficar se sensibilizando ao longo do tempo e o proprietário não perceber. A gente tem que ter cuidado. Outro alimento que é muito comum estar na nossa mesa de Natal são as nozes: macadâmia, amêndoas…e isso também é tóxico, por isso, é importante ter cuidado para não deixar esses petiscos em mesas muito baixas, que os pets possam alcançar com facilidade”, comentou a veterinária.


Um dos alimentos que merece atenção especial é o chocolate, muito comum nas sobremesas. Para os pets, ele é tóxico e pode causar diversos problemas a saúde. “O chocolate tem uma substância chamada teobromina, que é tóxica. Muitas vezes as pessoas chegam aqui: ‘mas ele come sempre chocolate’. De repente, é uma quantidade que aquele animal não demonstra sintomas, mas isso não quer dizer que outros não possam, com aquela quantidade, desenvolver sintomas como vômito, diarreia, dores abdominais, apatia, depressões”, explica Patrícia.


Outro ponto importante é estar atento às bebidas alcoólicas. Copos esquecidos ao alcance dos animais podem virar um risco. “É complicado a gente estar numa festa e nossos bebês estarem trancados dentro do quarto. Isso não existe! Eles têm que participar, mas todo mundo tem que ter a consciência de não deixar o pratinho no chão, porque eles vão ver, vão provar; não vamos deixar que eles subam na mesa; ter cuidados básicos para que não aconteça nada de ruim. Eu já vi, por exemplo, os pets beberem cerveja, isso não é correto, tem álcool. Álcool não é algo bom para eles. A gente tem que ter respeito pelos nossos animais”, ressaltou a veterinária.


Mas, afinal, o que os pets podem comer nas festas de fim de ano?

Para quem quer incluir os pets nas comemorações, a dica é apostar em alternativas seguras, como petiscos próprios para animais ou receitas específicas, como orienta a veterinária. “Tem tanta coisa maravilhosa para ser incluída na alimentação de cães e gatos... o nosso objetivo é fazer uma alimentação equilibrada. A gente pode dar verduras, frutas, como, por exemplo, banana, maçã, pera, melancia, que têm muita água e a gente aumenta a ingestão hídrica. No mercado pet nós já temos alimentos como bolos, feitos de batata doce, às vezes eles colocam frutas dentro, e é bem interessante colocar nas nossas mesas para os pets também participarem da festa. Também podemos dar iogurte natural”, acrescenta Patrícia.


O tradicional peru é uma opção mais segura, mas também exige cuidado. Segundo a especialista, tudo depende do preparo. Ossos, gordura em excesso e temperos podem causar desconforto e problemas digestivos nos pets. “Peru, porco e até frango a gente pode oferecer para os pets, mas tudo é questão da preparação. Esse alimento não pode estar temperado com e nem na cebola. Recomendo usar outros temperos como salsinha, orégano, sal, pode fazer um peruzinho só no salzinho para eles, desde que não sejam alérgicos. E vamos ter cuidado porque muitos de nossos pequenos animais têm alterações na hora que você dá um alimento, então, se o seu animal não é acostumado a comer esse tipo de coisa, tenha cuidado, dê uma quantidade menor”, recomenda Patrícia.


Ainda de acordo com a especialista, é importante saber que os animais precisam de proteínas e nutrientes sempre. “Nossos animais precisam de proteína, gorduras, micro e macronutrientes, minerais e vitaminas. Então, por exemplo, nossos gatos precisam da taurina, que é específica e essencial para eles. Então, eles não podem ser, por exemplo, vegetarianos, porque a taurina tem na carne bovina”, 


Saiba o que fazer em casos de intoxicação alimentar 

Caso seu pet tenha ingerido um alimento proibido ou alguma substância tóxica, não espere os primeiros sintomas de intoxicação alimentar aparecerem. A primeira coisa a fazer é levá-lo imediatamente ao veterinário. Quanto antes você fizer isso, menor será o sofrimento do animal e mais rápido e eficaz o tratamento.

Na consulta, forneça o máximo de informações sobre o alimento, os sintomas e as circunstâncias ao veterinário. Ainda que o tratamento mude conforme a substância ingerida, ele se baseia principalmente em fluidoterapia (administração de soro), lavagem gástrica e medicações injetáveis.