
No último domingo (12), Belém voltou a ser cenário de um dos maiores testemunhos de fé do mundo: o Círio de Nazaré. Em sua 233ª edição, mais de 2 milhões de fiéis tomaram as ruas da capital paraense, em uma só batida de esperança, gratidão e devoção à Rainha da Amazônia.
O dia começou envolto em espiritualidade. Ainda no nascer do sol, os primeiros raios de luz já tocavam suavemente os rostos emocionados dos fiéis que se concentravam em frente à Catedral da Sé. Às 6h, a missa campal foi celebrada pelo Arcebispo Emérito de Belém, Dom Alberto Taveira, que, com palavras de paz e bênção, deu início à maior romaria católica do Brasil.
Às 7h30, a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré foi colocada na berlinda, dando início à grandiosa procissão. O percurso de 3,6 quilômetros atravessou o coração histórico de Belém, passando por marcos como o Ver-o-Peso, Estação das Docas e Praça da República. Por onde passava, a berlinda era acompanhada de lágrimas, promessas e orações. Mãos erguidas, pés descalços, joelhos dobrados, a cidade inteira se ajoelhava em espírito.
Às 8h10, um dos momentos mais simbólicos emocionou os presentes, a corda foi atrelada à berlinda. A multidão vibrou, chorou, cantou. A corda, que une devotos de todas as idades, origens e histórias, tornou-se elo sagrado entre o povo e sua padroeira. Apesar de imprevistos com o rompimento de parte da corda nas estações 4 e 5, a fé não se abalou. A procissão seguiu firme e chegou ao seu destino, a Praça Santuário, às 11h58, após cinco intensas horas de emoção e devoção.
Os símbolos que tocam a alma
Cada detalhe do Círio carrega significado profundo. O manto deste ano, revelado na quinta-feira (9), emocionou fiéis com seu simbolismo, inspirado em um vitral da Basílica de Nazaré, mostra Adão e Eva diante de Jesus na "árvore da vida", representando redenção e esperança. Criado por Letícia Nassar, o manto é uma verdadeira joia bordada com cristais, zircônias, prata e ouro, exaltando a maternidade e a realeza de Maria.
A berlinda, ornamentada com flores nobres como lírios, orquídeas e rosas brancas, foi um espetáculo à parte. Cada flor parecia sussurrar uma oração, cada pétala uma promessa. A composição floral buscou destacar a beleza única de cada espécie, como reflexo da diversidade e da força do povo paraense.
A corda, símbolo máximo de conexão entre o povo e a santa, foi, pelo terceiro ano consecutivo, confeccionada no Pará, com malva amazônica, tornando-a mais resistente e suave. Com 800 metros, foi dividida entre a Trasladação e o Círio, sendo elemento essencial da caminhada de fé.
Autoridades e personalidades também caminham com o povo
Entre os milhões de devotos, estavam o governador Helder Barbalho e o ministro das Cidades, Jader Filho. A vice-governadora Hana Ghassan também acompanhou a romaria e distribuiu água para os romeiros. "Essa é uma forma que nós encontramos de estar ajudando a todos com a entrega, a distribuição gratuita de água gelada. E é uma alegria a gente estar participando de mais um Círio, que representa a união, a gratidão de cada um de nós para a nossa Mãe, e também renovação da nossa fé", afirmou.
Um ato de fé que transcende o tempo
O Círio de Nazaré é mais que uma romaria. É herança, é identidade, é milagre cotidiano. É o povo de Belém e do Brasil se ajoelhando, caminhando e chorando de emoção diante de uma imagem que representa mais que uma santa: representa esperança.
O segundo domingo de outubro de 2025 já está gravado na memória da cidade como mais um capítulo sagrado dessa história centenária. E quem esteve ali, seja com os pés na rua, seja com o coração em oração, sabe: o Círio não termina. Ele renasce a cada passo de fé.
Comentários
Neal Adams
July 21, 2022 at 8:24 pmGeeza show off show off pick your nose and blow off the BBC lavatory a blinding shot cack spend a penny bugger all mate brolly.
ReplyJim Séchen
July 21, 2022 at 10:44 pmThe little rotter my good sir faff about Charles bamboozled I such a fibber tomfoolery at public school.
ReplyJustin Case
July 21, 2022 at 17:44 pmThe little rotter my good sir faff about Charles bamboozled I such a fibber tomfoolery at public school.
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