Crítica: Echo

O eco de esperança que a Marvel precisava

11/01/2024 18:47 / Por: Leonardo Lima
Crítica: Echo

Na última terça-feira (09), foi lançada no Disney+ a temporada completa de Echo, nova série da Marvel Studios.

A série conta a história de Maya Lopez, uma super-heroína nativo americana surda, que tem ligações com os personagens Rei do Crime e Demolidor e mostra o desenvolvimento de Maya até se tornar Echo.


Essa é o primeiro produto para maiores de 18 anos do streaming e inaugura o novo selo da Marvel Studios, o “Marvel Spotlight”, onde poderão ser exploradas histórias mais sérias e violentas de personagens do estúdio. O selo “Marvel Spotlight” também dará foco para os personagens mais urbanos da Marvel, como Demolidor, Luke Cage e Jessica Jones, que tiveram suas séries produzidas pela Netflix, mas que após o fim do contrato Marvel/Netflix, os direitos e os episódios migraram para o Disney+ e mais recentemente essas séries se tornaram cânone na linha do tempo oficial do MCU (Marvel Cinematic Universe).

A primeira aparição de Maya foi na série do Gavião Arqueiro, onde ela comanda a Gangue do Agasalho, uma gangue de criminosos de rua. Agora Maya ganhou sua própria série, onde ela enfrenta seu passado com Wilson Fisk, o Rei do Crime, ao mesmo tempo em que se reconecta com suas raízes nativo-americanas.

O Rei do Crime, interpretado brilhantemente pelo ator Vincent D’Onofrio, que foi apresentado em 2015 na série do Demolidor e já tinha se juntado ao MCU em Gavião Arqueiro, retorna em Echo e mostra que não veio para brincar. Dessa vez, Vincent entrega um Fisk mais humanizado, porém extremamente brutal.


A atriz Alacqua Cox, que interpreta nossa protagonista, também é surda na vida real, assim como Maya, então a linguagem de sinais foi um artifício usado em praticamente 90% da série e Alacqua provou o quão boa atriz é, entregando momentos dramáticos e emocionantes.


Mas nem tudo são flores e a Marvel infelizmente vem cometendo deslizes desde Ultimato e em Echo não foi diferente. Por mais que a série possua atuações incríveis e lutas de tirar o fôlego, em alguns momentos ela se perde tanto em ritmo, quanto na história, deixando a impressão de que falta alguma coisa.

Talvez esse seja o eco de esperança que a Marvel precisava, focar no íntimo e se desprender mais da grandiosidade dos blockbusters. Esperamos poder ver Maya em breve no MCU, até porque a próxima produção do Marvel Spotlight é “Demolidor: Born Again”. 


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